Governo de Israel aprova acordo de cessar-fogo
18 de janeiro de 2025O Governo israelita aprovou, na madrugada deste sábado (18.01), o acordo para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e para a libertação de reféns mantidos no enclave após 15 meses de guerra entre Israel e o Hamas.
"O governo aprovou o plano de libertação dos reféns", pode ler-se, no texto publicado pelo gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Os mediadores Qatar e EUA tinham anunciado o cessar-fogo na quarta-feira, mas o acordo ficou pendente durante mais de um dia, uma vez que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, insistiu que houve complicações de última hora que atribuiu ao movimento islamita palestiniano Hamas.
O Conselho de Ministros de Israel tinha iniciado na sexta-feira à noite a reunião para votar o acordo de cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza, já aprovado pelo Gabinete de Segurança.
O cessar-fogo entrará em vigoràs 06:30 TMG de domingo, declarou hoje um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar.
"Tal como acordado entre as partes envolvidas no acordo e os mediadores, o cessar-fogo na Faixa de Gaza terá início às 08:30 de domingo, 19 de janeiro, hora local de Gaza", escreveu Majed al-Ansari, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar (o país mediador) na sua conta X, apelando 'aos residentes (...) para que exerçam a máxima cautela e aguardem instruções de fontes oficiais'.
Libertados 737 palestinianos na primeira fase
Entretanto, o Ministério da Justiça de Israel anunciou que vai libertar 737 prisioneiros palestinianos em troca dos primeiros reféns, na primeira fase da trégua.
Entre os prisioneiros a libertar encontra-se Zakaria Zubeidi, responsável por vários ataques contra civis israelitas e antigo líder das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, braço armado do movimento Fatah.
Além das libertações iniciais de reféns, a primeira fase inclui, de acordo com o Presidente norte-americano cessante, Joe Biden, "um cessar-fogo total" e uma retirada israelita de áreas densamente povoadas, bem como o aumento da ajuda humanitária ao enclave destruído.
A segunda fase deverá permitir a libertação dos últimos reféns, antes da terceira e última etapa dedicada à reconstrução da Faixa de Gaza e à restituição dos corpos dos reféns que morreram no cativeiro do Hamas.