Joe Biden: "As armas calaram-se em Gaza"
19 de janeiro de 2025O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, saudou, este domingo, o cessar-fogo em Gaza, apontando que o acordo que propôs em maio se materializou e que deixa uma "região fundamentalmente transformada".
"As armas calaram-se em Gaza", disse Biden, numa declaração sem perguntas, naquela que foi a sua primeira reação ao cessar-fogo entre Israel e o Hamas e que surgiu minutos após a libertação dos primeiros reféns israelitas ao abrigo do acordo.
"O acordo que propus pela primeira vez em maio passado para o Médio Oriente materializou-se finalmente. O cessar-fogo entrou em vigor em Gaza e hoje estamos a assistir à libertação de mulheres israelitas que estiveram detidas contra a sua vontade em túneis escuros durante 470 dias", registou.
Biden destacou ainda a entrada de dezenas de camiões com ajuda humanitária no território palestiniano, ao abrigo do acordo. E frisou que o objetivo é que o Hamas "abandone o poder" no território.
Também esta tarde, na sua conta na rede social X, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, disse que é com "alívio" que vê os primeiros reféns israelitas serem libertados e defende que "a paz é o único caminho a seguir".
Na opinião do presidente do Conselho Europeu, o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas "traz um vislumbre de esperança muito necessário para a região". António Costa defende que "todas as partes devem aderir ao acordo".
Também na rede social X, o chanceler alemão, Olaf Scholz, saudou a libertação dos reféns israelitas.
"Os reféns israelitas foram libertados. Mas agora mais ajuda humanitária deve chegar rapidamente a Gaza", escreveu.
Já o Presidente francês, Emmanuel Macron, fez saber que vai trabalhar com os parceiros internacionais para garantir "a plena implementação" do acordo de cessar-fogo em Gaza, insistindo que "todos os reféns devem ser libertados o mais rapidamente possível".
Além disso, em conversa telefónica no sábado com o líder palestiniano Mahmoud Abbas, Macron sublinhou a importância de "restaurar a governação palestiniana em Gaza envolvendo plenamente a Autoridade Palestiniana", revelou hoje o Palácio do Eliseu.
"O futuro da Faixa de Gaza deve fazer parte de um futuro Estado palestiniano e, ao fazê-lo, devemos garantir que nenhum massacre, como o que foi cometido em 07 de outubro, possa alguma vez ser repetido contra o povo israelita", acrescentou a Presidência Francesa.